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Artigo: Por que o Amazon Prime Video custa só R$ 14,90 ao mês? v5x18
A Netflix, por exemplo, cobra bem mais em seu plano básico. Entenda o porquê dessa discrepância
Renan Martins Frade | 09/03/2022 às 16:00 - Atualizado em: 25/08/2022 às 17:16
O mais recente movimento no streaming é o do plano de que, em troca de publicidade, custa menos ao usuário. Algumas plataformas já fazem isso nos EUA e Amazon Prime Video já custa muito menos que os concorrentes, apenas R$ 14,90 em seu plano mensal - e sem anunciantes?
A resposta curta: é que a Amazon não vende uma plataforma de streaming. Ela é apenas a "desculpa", o chamariz, para te vender outras coisas dentro do pacote Amazon Prime - principalmente produtos na loja online.
Para começar, é primeiro preciso entender o movimento que está acontecendo, hoje, no video on demand. Até aqui, no Brasil, plataformas como Netflix e concorrentes oferecem um modelo de no qual você paga para assistir a filmes e séries. É um preço fechado: você desembolsa o valor e eles pegam esse dinheiro para investir na produção ou aquisição de mais conteúdo. Simples assim.
Atualmente, essa está em R$ 39,90 no plano padrão da gigante do streaming, enquanto o HBO Max, por exemplo.

A novidade é que serviços como Hulu e Paramount+ (apenas nos Estados Unidos) possuem uma mais barata. Em troca, esse plano traz publicidade. Varia um pouco entre as plataformas, mas basicamente são anúncios antes e durante o filme e a série, tal qual a TV linear.
Esse valor a menos que sai do seu bolso é "inteirado" pela publicidade. Aliás, se a estratégia for bem feita, dá até para ganhar mais do que a cheia. De acordo com The Hollywood Reporter, a receita média por do Hulu é de US$ 12,96, mesmo com a maioria dos s estando no plano de US$ 7.
Esses anúncios podem ser intrusivos, sim, mas se você não quiser vê-los é só o plano regular. É uma possibilidade que nunca existiu com a TV paga, por exemplo.
Ok, e o Amazon Prime Video? 33u6z
A Amazon adota um modelo completamente diferente. Para começar, a empresa é uma gigante do e-commerce e de serviços. Ela não é como a Netflix, que atua apenas como plataforma de streaming, ou como grandes grupos de mídia como Paramount, WarnerMedia e Disney.
O Amazon Prime Video não é, e provavelmente nunca será, o principal negócio da companhia fundada por Jeff Bezos.
É por isso que o serviço de streaming faz parte de um pacote maior, chamado Amazon Prime. Nele, os s possuem diversos serviços além da plataforma de vídeo, como uma de música (Amazon Music Prime, ainda que com catálogo limitado) e uma de leitura (Prime Reading, livros e revistas).
Esse pacote tem um preço subsidiado. O custo e o investimento da companhia para ter todo esse conteúdo para cada usuário é muito maior do que os R$ 14,90 mensais do Amazon Prime.
Para não dizer que a empresa de Seattle está sozinha no formato, a estratégia lembra a da Apple. O Apple TV+ custa também R$ 14,90 por mês, ainda que com um catálogo bem menor em volume. A plataforma não está lá para ser, sozinha, a fonte de receita, mas parte de um pacote que busca atrair mais gente para o ecossistema de produtos e serviços da Apple.
Outra empresa ligada à área de comércio online que faz algo parecido é o Mercado Livre, que, mesmo sem ter uma plataforma própria, oferece descontos no Disney+, Star+, Paramount+ e HBO Max para quem é usuário do programa de pontos deles, incentivando a recorrência nas compras.
Não que as outras plataformas não pratiquem alguma forma de "preço predatório" - ou seja, cobrando menos na e buscando crédito no mercado para cobrir esses investimentos, enquanto querem superar os adversário na guerra do streaming. Ainda assim, é necessário ser sustentável nesse modelo, para não quebrar no meio do caminho.
Só que a lógica da Amazon é completamente diferente. Ela quer te atrair com filmes como 'Jogo Perigoso' para, depois, você utilizar aquele que é verdadeiro trunfo para eles: o frete grátis.

Sem a cobrança custo no envio das compras, o do Prime é fidelizado, consumindo ainda mais por lá nesse (também) predatório mundo do e-commerce. Nessa estratégia, a companhia de Bezos cerca de 175 milhões assistindo aos vídeos do Prime Video.
Em termos de gasto com conteúdo, as cifras nem são tão diferentes assim. Enquanto estima-se que a Netflix investiu US$ 13,6 bilhões em conteúdo em vídeo em 2021, a Amazon ficou na casa dos US$ 11 bilhões.
Em alguns casos, vale dizer, a empresa de Bezos pratica um modelo único no mercado de SVOD, o de streaming por . Enquanto os concorrentes apenas licenciam conteúdo de terceiros, pagando um valor para ter esse filme ou série por um período determinado, o Prime Video transforma o distribuidor em parceiro do risco, em alguns casos - disponibilizando esse conteúdo na plataforma sem embolsar nada em um primeiro momento, mas depois recebendo por cada minuto assistido pelo , tal qual faz o YouTube.
Outro ponto é que, hoje, o Prime Video possui um modelo híbrido para o usuário, virando também um market place do video on demand. Lá, para além dos R$ 14,90 ao mês, canais de streaming, em transações com maior margem de lucro para a empresa e seus parceiros.
Tudo isso permite que o serviço de streaming da Amazon consiga esse preço extremamente agressivo - e sem publicidade. Sim, há "anúncios" antes dos filmes e séries do Amazon Prime Video, mas aquilo é o que o mercado chama de "pre-roll": chamadas de outros conteúdos, em busca de aumentar a retenção do usuário.
A Netflix faz a mesma coisa, só que com outro formato: é o autoplay de um trailer após você ver o filme, por exemplo.
Esse, porém, é a unica coisa que a empresa fundada por Reed Hastings consegue copiar. Enquanto o streaming for o único negócio dela, subsidiar o preço a esse ponto se torna inviável.
É por isso que muita gente em Wall Street acredita em uma diversificação de negócios da Netflix no futuro. Ou, quem sabe, uma fusão ou aquisição com outro grupo de mídia, ou até mesmo de serviços.
Será?
Atualizado em agosto de 2022 por conta do novo preço do Amazon Prime.

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi anteriormente editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix.
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